sábado, 8 de setembro de 2012

Smartphone: O Futuro da EaD?

Estudei em duas grandes universidades públicas a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a UFAM (Universidade Federal do Amazonas), na minha época de estudante de 94 a 99 não contávamos com quase nenhum recurso tecnológico, não tínhamos internet, projetor multimídia, computadores eram raros e quase sempre de uso exclusivo das áreas administrativas da universidade. Felizmente, hoje é comum encontrar salas de aula equipadas com projetor multimídia, acesso à Internet etc. Estas tecnologias permitem que o professor possa utilizá-las para que a aula seja muito mais interessante para os alunos. É claro que, para determinados assuntos, o velho “quadro negro” ainda funciona muito bem.

Cassiopéia A 10
Cassiopéia A 10

Lembro-me que em 1998 adotei no meu cotidiano universitário um minicomputador da Cassio chamado Cassiopéia A10, ele contava com um sistema operacional Windows CE (Compacted Edition) e já na época contava com tela sensível ao toque, reconhecimento de escrita (por meio de uma canetinha que o acompanhava) e já tinha compatibilidade com o pacote Office da Microsoft, além de diversos acessórios. Imaginem vocês como eu era tratado, era o próprio ET em sala de aula, professores se incomodavam por eu não ter caderno, alunos que tinham pouco contato comigo me achavam “exibido” e a maioria nem tinha noção do que era aquilo que eu usava para tomar notas das minhas aulas.

A Cassiopéia acabou sendo roubada, logo depois adotei um Palm 3, e mais tarde entrei na era dos notebooks, mas uma coisa me incomodava, o tamanho dos notebooks no início dos anos 2000 era o que podemos chamar de um tijolo, pesavam quase sempre mais de 4kg e eram enormes, sentia muita falta da minha Cassiopéia com seus parcos recursos mas tamanho e peso insuperáveis, os anos 2000 foram passando e os notebooks diminuindo de tamanho, mas na mesma proporção foram encarecendo demais, quanto menores os notes maiores seus preços, até a chegada dos Netbooks, leves, com menos recursos mas muito convenientes quando falamos em portabilidade, o primeiro que eu tive foi um Asus EEEPC 701 super leve e rodando uma versão modificada do Linux, depois vieram os Netbooks Windows com seus processadores Atom e seu desempenho sofrível para rodar os melhores softwares para PC, mas convenhamos eram baratos e quebravam um galho com suas telas de 10.1 polegadas.

Em paralelo a isso tudo uma nova indústria foi se formando e competindo diretamente com os sub notebooks e com os netbooks, era a geração dos tablets e smartphones, adotei-os com força na minha vida a tal ponto de renegar meu excelente notebook a segundo plano, mas o ápice dessa história foi a aquisição de um modelo de smartphone chamado Milestone, ele tinha tudo e mais um pouco que minha antiga Cassiopéia tinha, uma tela sensível ao toque, um teclado físico que me permitia acelerar o ato de imputar dados, mas dessa vez tinhámos a Internet como pano de fundo desse maravilhoso ecossistema além do excelente sistema operacional Android, e uma saída HDMI que agora o coloca no patamar de um Notebook-Tablet-Cassiopéia.


Motorola Milestone 3
Motorola Milestone 3
Bom todo esse histórico do meu consumismo tecnológico tem um objetivo, suscitar em nós uma grande discussão, se os smartphones nos acompanham hoje em dia em proporções cada dia maiores, será que a educação a distância não encontraria nesses aparelhos mais potentes a mídia ideal para popularizarmos de vez a EaD no brasil?

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